Houve troca de tiros e, de acordo com a polícia, o criminoso foi baleado.
A Polícia Militar interditou parcialmente a Linha Vermelha, na altura de Duque de Caxias, na noite desta quinta-feira. Apesar do Batalhão de Vias Expressas não informar o motivo do fechamento, a Polícia Civil afirmou que causa foi uma operação da corporação realizada na Favela do Dique, para buscar o traficante Charles Jackson Neres Batista, conhecido como ‘Charlinho’, em Duque de Caxias. Houve troca de tiros e, de acordo com a polícia, o criminoso foi baleado.
O segurança do traficante também foi atingido e encaminhado para um hospital da região. Além dele, três pessoas suspeitas de ligação com o tráfico foram presas. A polícia realiza buscas em hospitais para confirmar se Charlinho foi baleado.
A via foi totalmente liberada às 20h 20, após ficar fechada por quase uma hora. A Polícia Rodoviária Federal foi acionada e enviou viaturas para a Linha Vermelha.
Mais cedo, circulou pelas redes sociais a informação de que a 59ª DP (Duque de Caxias) havia sido atacada por criminosos que estavam em cima da passarela da Linha Vermelha. A informação foi negada pelo chefe da polícia na Baixada Fluminense, Sérgio Caldas, e pela delegada titular da unidade, Raissa Celles.
— Quero esclarecer que essa notícia de que a 59ª DP foi atacada não procede. Houve uma intensa troca de tiros entre uma equipe da 59ª DP que passava nas proximidades da comunidade já ao final da nossa operação. Durante essa troca de tiros, o principal segurança do Charlinho foi baleado e, ao que tudo indica, o próprio Charlinho foi baleado. Também foram apreendidas armas, munições e outros artefatos — disse Caldas.
Já a delegada da 59ª DP explicou que pessoas que aguardavam atendimento no local se assustaram com os tiros e pensaram que se tratava de um ataque:
— Não houve artaque à delegacia. O que houve foi uma intensa troca de tiros entre a equipe da 59 e o bando do Charlinho do Lixão. Esse confronto se deu próximo a comunidade e as pessoas que aguardavam atendimento aqui na delegacia se confundiram e adentraram correndo a unidade, pedindo socorro e dizendo que a gente estava sendo alvo de tiros — afimou Raissa Celles.
De acordo com a delegada, foram apreendidos munição, armas de fogo e uma bomba caseira, entre outros materiais.
— O Charlinho também foi baleado e está foragido junto com seus comparsas — destacou.
Boato de arrastão levou pânico a motoristas durante manhã
Mais cedo, um boato de arrastão levou pânico a motoristas que estavam na Linha Vermelha, no sentido Centro, também na altura de Duque de Caxias, segundo informações do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas Policiais (BPVE). Policiais armados andaram pela via, por entre os carros, enquanto circulavam nas redes relatos de mais um arrastão na via expressa ou ainda de roubo de carga. Muitos ocupantes de veículos optaram por voltar na contramão, e o trânsito no local ficou retido por cerca de 20 minutos
Motoristas relataram na web sentimento de medo, quando não sabiam a causa do tumulto, e temiam que fosse uma tentativa de arrastão ou de roubo de cargas. Pelo menos duas viaturas puderam ser vistas no local. Às 6h20m, o trânsito foi liberado na via, e não foi registrada qualquer ocorrência.Na noite do último domingo, uma intensa troca de tiros entre facções rivais no Complexo da Maré provocou o fechamento da Linha Vermelha e obrigou cerca de 80 motoristas a se abrigarem no 22º BPM (Maré).
A energia da unidade foi cortada por volta de 20h40m, o que aumentou o pânico dos abrigados, entre os quais havia crianças e idosos.Desde janeiro, a Linha Vermelha já fechou 14 vezes por conta de tiroteios, arrastões ou protestos, segundo a Companhia de Engenharia e Tráfego (Cet-Rio). Diariamente, cerca de 135.504 veículos nos dias úteis cruzam a RJ-071, rota utilizada para a Baixada Fluminense, a Região Serrana do Rio e para o acesso ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim.