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Técnicos de saúde protestam após psicóloga ser refém em presídio no RJ

Funcionários dizem que detento torturou e ameaçou mulher por 40 minutos.

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Profissionais da área técnica de saúde da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) fizeram um protesto no Centro, na manhã desta segunda-feira (26), pedindo mais segurança e valorização da categoria. Segundo o grupo, o episódio de violência sofrido por uma psicóloga na quinta-feira (22), dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, foi a gota d’água para toda a categoria.

“Ele ficou 40 minutos com ela na sala. Houve luta corporal. Sorte que ela é alta e forte, pois se fosse uma magrinha, pequenininha não sei o q teria acontecido. Ele mandava ela tirar a roupa, falava que ia matar ela e ninguém apareceu”, afirmou a médica Lúcia Lutz, que trabalha na secretaria há 21 anos.

De acordo com o grupo, a psicóloga foi agredida física e psicologicamente sem que houvesse nenhuma intervenção de agentes responsáveis pela garantia da segurança da unidade. O caso, no entanto, não é isolado. “Fui trancada em uma sala com cerca de 20 detentos de uma unidade prisional. Minha sorte é que aqueles presos me respeitavam. Mas uma situação como essa é inadmissível”, criticou uma assistente social, que preferiu não ser identificada.

Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária, que informou que é praxe das unidades um inspetor penitenciário ficar junto ao interno durante o atendimento de profissionais de saúde. A Seap disse, ainda, que está realizando estudos para aumentar o efetivo de profissionais de saúde nas unidades prisionais.

A clínica geral Lucia Lutz também diz ter passado por uma situação de vulnerabilidade há alguns anos. “Estava examinando um preso quando caiu uma gilete perto dos meus pés dele. Como aquilo estava ali? Ele deveria ter sido revistado antes de chegar até mim. A gente sabe que essa é a nossa profissão, escolhemos trabalhar aqui, mas estamos correndo cada vez mais riscos e nunca somos valorizados”, disse a médica, destacando que existe uma equipe especializada dentro das unidades prisionais que deveria garantir a segurança dos profissionais da saúde.

Ainda de acordo com a categoria, a redução do número de profissionais de saúde nas unidades também compromete o atendimento.

“Somos 576 profissionais responsáveis pelo atendimento de 43 mil presos”, criticou Lúcia. De acordo com os profissionais, a precariedade nos atendimentos acarreta na disseminação de doenças infecto contagiosas e o fechamento de hospitais penitenciários.

O reajuste salarial é outra reivindicação da categoria. Segundo o grupo, há médicos trabalhando há mais de 20 anos com salário de R$ 2.100.

“Precisamos de uma política de valorização dos servidores urgente através da implantação de um plano de cargos e salários, reajuste salarial e enquadramento funcional dos servidores estatutários da Seap”, afirmou Lúcia.

MGT
Fonte: G1

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