Surfista ‘ressuscita’ antes de família doar os órgãos

Com morte cerebral anunciada domingo, Lucas Zuch segue em estado grave.

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Depois de ser considerado morto após um acidente na praia da Barra, o surfista Lucas Zuch, de 27 anos, ‘voltou à vida’. A família confirmou no domingo a morte cerebral do gaúcho e chegou a autorizar a doação de órgãos. Na mesma noite, o corpo foi transferido da Casa de Saúde São José, em Botafogo, no sábado, para o Hospital Moinho dos Ventos, em Porto Alegre.

O velório já estava até agendado para o início desta semana. No entanto, uma surpresa: os médicos do hospital gaúcho constataram que não havia morte cerebral.

No entanto, ele segue internado em estado gravíssimo, segundo a prima do surfista, Bruna Zuch. “A chance dele sobreviver ou de não ter sequelas é bem pequena, seria um milagre. Estamos numa situação parecida com a de antes, só que com uma pontinha a mais de esperança”, disse ela

Lucas sofreu o acidente na última terça-feira. Ele foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Lourenço Jorge, onde ficou até a sexta-feira. De lá, ele foi transferido para a Casa de Saúde São José. Zuch teria sofrido um traumatismo craniano.

O surfista era conhecido pela criação do site Surfari e pelo projeto Reconhecendo o Surf. De acordo com o médico do Hospital da Gamboa Edson de Almeida Silva, a ‘mudança de status’ do surfista não é comum. Isto porque, para a doação de órgãos, é necessária uma série de exames que comprovem a morte cerebral. “A definição legal de morte é a morte cerebral, quando se chega à conclusão de que ela é total e irreversível — quando o cérebro perde todas as funções”, explicou.

Para se chegar a esta conclusão, ainda segundo o médico, é necessário o exame clínico (que examina o corpo do paciente), um eletroencefalograma (que verifica se há ondas elétricas cerebrais) e uma angiografia (que observa se há fluxo sanguíneo). Silva observa que, em casos de pacientes com trauma, relaxantes musculares e sedativos em altas doses podem mascarar o resultado, pois alteram o funcionamento do cérebro.

“O que a boa prática orienta é que se suspenda a medicação e se calcule a ‘meia-vida’ do remédio, ou seja, a duração de seu efeito. Depois disso, é preciso repetir os testes”, declarou.

A assessoria da Casa de Saúde São José argumentou, em nota, que “embora houvesse a possibilidade de morte cerebral, a mesma não foi confirmada no período em que o paciente esteve sob os cuidados da Instituição”.

rede tv +Fonte: Jornal O Dia

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