Hospitais da PM são abastecidos por empresários acusados de desvios na Saúde da corporação

Segundo o depoimento ao MP, a dupla ficou com 45% do valor do contrato de R$ 4,2 milhões. O restante ficou com oficiais da corporação.

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Empresários que respondem a processos por desvios no Fundo de Saúde da PM (Fuspom) estão abastecendo os hospitais da corporação, após a assinatura de um acordo de colaboração premiada com a Justiça. Rodrigo Gomes Theodoro dos Santos e Leonardo Pereira dos Santos, da empresa Medical West, são acusados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP do Rio, de integrarem a quadrilha que desviou pelo menos R$ 16 milhões dos cofres da corporação.

Pelo acordo, a dupla deve doar, “de forma irrevogável e irretratável”, à PM R$ 849.806,83 em medicamentos, 80 aparelhos de ar condicionado, e os valores decorrentos da venda da sede da empresa, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, e de um Fiat Fiorino, que pertence à empresa. Os remédios doados foram escolhidos pela direção do Hospital Central da PM, que escolheu produtos em falta estoque da unidade.

De acordo com o MP, os dois participaram da montagem de uma licitação fraudulenta para o fornecimento de 75 mil litros de ácido peracético, que nunca chegou aos hospitais da corporação. Segundo o depoimento dos dois ao MP, a dupla ficou com 45% do valor do contrato de R$ 4,2 milhões. O restante ficou com oficiais da corporação. Atualmente, os dois respondem ao processo em liberdade. o acordo foi ratificado pela juíza Tula Corrêa de Mello, da 20ª Vara Criminal.

De acordo com o advogado Felipe Caldeira, que defende os empresários, até agora , cerca de R$ 751 mil em remédios já foi entregue. O restante deve ser entregue até o final do mês. Na lista de medicamentos doados há remédios para gases, como simeticona, diuréticos, como furosemida, e até gaze, luvas e sondas.

A delação da Medical West não foi a única de empresários envolvidos em fraudes no Fuspom. Antes, Joel de Lima Pinel, da Bioalpha Serviços & Comércio de Materiais Médicos, já havia acordado a doação de uma mesa cirúrgica e um foco de luz cirúrgico com lâmpadas de led de fabricação francesa.

A Bioalpha foi acusada de tentar vender um aparelho de exoesqueleto robótico, por R$ 4 milhões, à PM. A venda acabou não sendo concretizada porque o esquema foi desvendado pelo MP.

rede tvFonte: jornal Extra

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