Com a suspensão do convênio, o gigante Hospital Souza Aguiar, no Centro, por exemplo, ficará sem 90% de seus anestesistas.
A suspensão de convênios entre a Secretaria de Saúde do Rio e as fundações Bio-Rio, FunRio e Cepesc, determinada pela Justiça, deixará a descoberto a emergência de hospitais municipais.
É que, sob a desculpa de “desenvolver cursos de pós-graduação para capacitação de médicos”, a secretaria vinha usando, desde 2014, os acordos para pôr 560 “alunos” e 150 “mestres” atendendo na emergência.
Acionados pelo vereador Paulo Pinheiro (PSOL), o Tribunal de Contas e o Ministério Público descobriram uma série de irregularidades nos convênios, que somam R$ 330 milhões. A partir da denúncia do MP, a 15ª Vara de Fazenda Pública determinou a suspensão dos contratos.
A decisão vale a partir de março quando os hospitais vão perder mais de 700 médicos.
Inanição
Com a suspensão do convênio, o gigante Hospital Souza Aguiar, no Centro, por exemplo, ficará sem 90% de seus anestesistas.
O Salgado Filho, no Méier, que tem 56 “alunos” e 15 “mestres”, perderá a maior parte dos plantonistas da emergência (entre eles, clínicos, cirurgiões vasculares, ortopedistas e neuros).
Para escapar da asfixia
O atual secretário de Saúde, Carlos Eduardo (SDD), que herdou a confusão criada pela gestão do prefeito Eduardo Paes (PMDB), está tentando uma solução rápida para suprir de mão de obra os setores de emergência.
De imediato, o moço quer fazer uma contratação emergencial temporária, por seis meses, renováveis por mais três, para manter os hospitais abertos e funcionando.
Em Brasília
Além disso, está negociando com o Ministério da Saúde um contrato mais longo pelo tempo de até três anos.
Provavelmente, no esquema do Mais Médicos, que poderia se transformar no Mais Especialistas.
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