Moradores estão realizando uma vaquinha para o enterro de Diego.
Amigos e familiares do ajudante de pedreiro Diego Miguel, de 23 anos, realizaram um protesto na noite desta quarta-feira em frente ao 15º BPM (Duque de Caxias), após o jovem ser morto por um policial na terça-feira, no bairro de Nova Campinas.
Segundo pessoas próximas, Diego estava com amigos, no início da noite de terça, quando uma viatura apareceu. Algumas das pessoas teriam corrido, e a polícia teria atirado apenas nele. O jovem foi levado ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, mas morreu horas depois.
A viúva de Diego, Lohanna Jordão, conta ainda que a versão oficial da Polícia Militar seria que houve troca de tiros, o que ela e outros conhecidos negam.
— Eu acabo de sair da delegacia. O policial simplesmente deu um tiro na cabeça dele. Na ocorrência, falam que ele trocou tiro, sem que tenha arma para provar. Atingiram um morador, trabalhador, que não fez nada — relata Lohanna, com quem tem dois filhos pequeno.
A reportagem entrou em contato com a 62ª DP, onde a família disse que o caso foi registrado, mas um policial informou que a única pessoa que poderia dar informações é o delegado, que não estava mais no local. A assessoria de imprensa da Polícia Civil também foi procurada,por volta das 21h.
Na noite de terça, moradores já haviam realizado uma manifestação contra a morte, queimando dois ônibus. A Fetranspor divulgou uma nota repudiando o ato.
Já o protesto desta quarta, em frente ao batalhão, foi pacífico, segundo Johanna. Mas ela reclama da postura dos policiais:
— Tem até caveirão para não ter manifestação — critica.
Moradores estão realizando uma vaquinha para o enterro de Diego, que será realizado nesta quinta-feira, no Cemitério Tanque do Anil, também em Duque de Caxias.