Nilton da Silva foi localizado em Cachoeiras de Macacu.
O homem suspeito de matar a facadas a ex-mulher na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, no dia 1º de setembro, foi preso em Cachoeira de Macacu, na Região Serrana do estado. Nilton da Silva, de 27 anos. De acordo com a polícia, sua localização foi possível após a Divisão de Homicídios conseguir identificar que ele rompeu e retirou naquela cidade a tornozeleira eletrônica por meio da qual deveria ser monitorado.
Debora Bittencourt Chaves, de 32 anos, foi assassinado dentro de casa no bairro Jardim Carioca, na Ilha. Ela foi golpeada ao menos cinco vezes no peito. A faca usada contra ela não foi localizada pela polícia. Depoimentos de vizinhos e parentes apontaram Nilton como autor do crime.
Débora teria recorrido à Justiça para conseguir uma medida de proteção contra Nilton e chegou a acionar a polícia por temer algum tipo de violência.
Um sobrinho de Débora ouvido pela reportagem no dia seguinte ao crime contou que ela se afastou muito da família depois que começou a se relacionar com o ex-marido e que o casal brigava muito.
Segundo o parente, o casal chegou a ir para a 37ª DP (Ilha do Governador) mas foi liberado. Horas depois, ele soube da morte da tia. Débora deixa dois filhos.
Em nota, a Polícia Civil informou que o delegado de plantão na 37ª DP foi consultado e que não havia “situação flagrancial” e determinou a abertura de um inquérito. Ainda assim, a instituição informa que a Corregedoria foi acionada para apurar se houve infração disciplinar.
Passado de violência
Dois irmãos e um sobrinho de Débora que foram ao Instituto Médico-Legal liberar o corpo dela para o sepultamento contaram que a vítima já tinha se queixado pelo menos três vezes do suspeito e a vítima já tinha obtido uma medida protetiva para que ele ficasse afastado.
A irmã de Débora, que vive em Fortaleza, contou que acabou se afastando da irmã no último ano por conta do comportamento de Nilton. Ele contou que, quando soube que ele já tinha sido preso, perguntou a causa da prisão e ela disse que foi por tráfico de drogas.
“De repente ele era até um homicida e ela não quis me contar”, explicou a irmã da vítima, que preferiu não se identificar.
Nilton também já agrediu o irmão de Débora. Ele tentou interceder em uma briga do casal e acabou levando um soco no supercílio, que o rendeu cinco pontos.