Apesar das críticas, Obama confirmou que Donald Trump terá acesso aos briefings de segurança nacional entregues aos candidatos à presidência.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a criticar as capacidades de governo do candidato republicano, Donald Trump, na quinta-feira. Após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, no Pentágono, Obama afirmou que as políticas antiterrorismo do magnata poderiam representar um “retrocesso” na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
“Se começarmos a tomar más decisões, matando civis indiscriminadamente, criando testes religiosos ofensivos sobre quem pode entrar no país, esse tipo de estratégia provoca o resultado oposto”, acrescentou o presidente. Obama também deixou claro que o governo americano “continuará perseguindo o EI” em todas as frentes possíveis.
Apesar de suas críticas categóricas a Trump, o presidente confirmou que o magnata irá receber informes de segurança nacional antes da eleição de novembro. Como indicados republicanos, Trump e seu vice, Mike Pence, têm acesso aos briefings ultrassecretos sobre crises internacionais e ameaças à segurança, assim como Hillary Clinton e seu parceiro de chapa, Tim Kaine. “Vamos seguir a tradição e a lei”, afirmou Obama. “Não vou dar detalhes, mas eles foram avisados que são documentos secretos”.
Fraudes
Quando questionado sobre a afirmação de Trump de que as eleições seriam “fraudadas” em favor dos democratas, Obama disse que a acusação é “ridícula” e “não faz nenhum sentido”. “Se o senhor Trump estiver com 10 ou 15 pontos (de vantagem) no dia da eleição e acabar perdendo, aí talvez ele possa fazer alguns questionamentos. Esse não parece ser o caso no momento.”, ironizou.