Corpo foi encontrado com marcas de tiros e sinais de espancamento na última segunda-feira em frente ao Samu de Mesquita.
O assassinato brutal do cabeleireiro Rhodney Claro Peixoto, de 39 anos, deixou parentes e amigos perplexos. Seu corpo foi encontrado com marcas de tiros e sinais de espancamento na última segunda-feira em frente ao Samu de Mesquita, na Avenida União, na Baixada Fluminense, porém só foi reconhecido por familiares na sexta-feira da semana passada, e o corpo foi enterrado no sábado, no cemitério da cidade. As informações são da Coordenadoria de Diversidade Sexual de Mesquita, que trata o caso como crime de homofobia.
Com medo, parentes de Rhodney preferem o anonimato, mas resumem o que fizeram com o cabeleireiro em uma só palavra: covardia.
— A gente só sabe que deram um tiro no pé dele. Quebraram também as pernas e os braços e deram socos. Não sabemos mais nada. A família está abalada. Foi uma covardia — disse uma parente.
Rhodney estava desaparecido desde o dia 20, quando foi visto pela última vez saindo do salão onde trabalhava, no Méier, na Zona Norte do Rio. Desde então, muitas correntes nas redes sociais pediam informações sobre o seu paradeiro.
A notícia da morte do cabeleireiro chocou os amigos, que passaram a postar mensagens de luto na internet. A maioria lembrando a pessoa alegre e de coração bom que Rhodney era.
O coordenador da Diversidade Sexual de Mesquita, Neno Ferreira, de 45 anos, não tem dúvida de que o crime teve motivação homofóbica.
— O assassinato dele tem características de crime de ódio. Vamos pedir ao delegado rigor na investigação desse e de outros casos. Não podemos tolerar — disse Neno.
Nesta quarta-feira, a partir das 14h30m, ele e outros integrantes de movimentos LGBT da Baixada Fluminense irão se reunir com o delegado Giniton Lages, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), para pedir solução nos casos com suspeita de homofobia na região. A unidade especializada investiga o caso de Rhodney.