Estudo analisa espécies locais e amostras biológicas de moradores de Magé, Itaboraí e Ilha do Governador, apontando riscos à saúde de pescadores e comunidades ribeirinhas.

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal Fluminense (UFF) acendeu um sinal de alerta para a Baía de Guanabara ao investigar a presença de mercúrio em peixes consumidos por populações locais e os possíveis impactos à saúde humana. O estudo é desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal (PPGHIGVET).
Os pesquisadores analisaram espécies de peixes encontradas na baía, além de amostras coletadas junto a moradores de áreas diretamente ligadas à atividade pesqueira, como Magé, Itaboraí e a Ilha do Governador. O foco é compreender o nível de contaminação por mercúrio e os riscos associados à ingestão frequente desses alimentos.

O mercúrio é um metal pesado altamente tóxico, capaz de provocar danos neurológicos, renais e cardiovasculares, sobretudo em populações que dependem do pescado como principal fonte de alimentação e renda. Pescadores artesanais e suas famílias estão entre os grupos mais vulneráveis à exposição prolongada.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, os dados obtidos poderão subsidiar políticas públicas de saúde, segurança alimentar e preservação ambiental, além de reforçar a necessidade de monitoramento contínuo da Baía de Guanabara. O estudo também busca ampliar o debate sobre a poluição ambiental e seus efeitos diretos sobre comunidades tradicionais que vivem do mar.

Rede TV Mais A Notícia da sua cidade!
