Prefeitura confirma desligamento de maqueiro e autor da gravação; caso avança na esfera policial e judicial.

A Prefeitura de Cachoeiras de Macacu confirmou, neste sábado (23), a demissão por justa causa de dois funcionários envolvidos na gravação e divulgação de um vídeo que mostrava corpos no interior do Hospital Municipal. Segundo o governo municipal, o responsável pela filmagem e o maqueiro que aparece nas imagens tiveram seus contratos encerrados imediatamente após a identificação.
O vídeo, que circulou amplamente nas redes sociais, gerou forte repercussão entre moradores e levantou questionamentos sobre a segurança e o respeito às vítimas dentro da unidade de saúde. A prefeitura classificou o conteúdo como “grave violação ética” e ressaltou que a exposição indevida de corpos constitui crime previsto na legislação brasileira.
Em nota, a administração municipal informou que abriu uma investigação interna assim que tomou conhecimento do material. Após análise das imagens e identificação dos envolvidos, decidiu pelo desligamento dos servidores. “Os atos cometidos são incompatíveis com a função pública e ferem frontalmente a dignidade dos pacientes e seus familiares”, diz o comunicado.
Caso segue com a polícia e Ministério Público
A Polícia Civil também acompanha o caso. As imagens já foram anexadas ao inquérito instaurado, que apura o crime de vilipêndio de cadáver e possível violação de sigilo funcional. A prefeitura encaminhou os dados dos funcionários à Delegacia de Cachoeiras de Macacu para dar prosseguimento às investigações.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) foi notificado e deverá avaliar eventuais responsabilizações adicionais, tanto na esfera criminal quanto civil.
Hospital adota medidas de reforço
A direção do Hospital Municipal informou que medidas adicionais de segurança foram implementadas para evitar novos episódios, incluindo monitoramento interno mais rígido e reforço nas orientações sobre protocolos de conduta aos colaboradores.
A prefeitura reiterou que “não compactua com qualquer prática que desrespeite a memória das vítimas ou cause sofrimento às famílias” e disse que continuará colaborando integralmente com as autoridades.

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