Após repercussão negativa, aliados de Cláudio Castro avaliam que o cenário político se tornou desfavorável para uma eventual disputa ao Senado em 2026.

A repercussão da megaoperação policial no Complexo do Alemão e da Penha, que resultou em mais de 60 mortes, provocou um abalo político dentro do Partido Liberal (PL) no Rio de Janeiro. A ação, considerada a mais letal da história fluminense, repercutiu nacional e internacionalmente, colocando em xeque a imagem do governador Cláudio Castro (PL) e impactando diretamente os planos do partido para 2026.
Fontes ligadas à legenda afirmam que, até antes da operação, o nome de Castro era tratado como favorito do PL para disputar uma vaga ao Senado Federal. No entanto, a escalada de críticas sobre a condução da segurança pública e a reação negativa de parte da sociedade civil e de lideranças políticas fizeram a cúpula do partido reavaliar o cenário.
Nos bastidores, dirigentes do PL admitem que o episódio pode enfraquecer a narrativa de eficiência na segurança pública, uma das principais bandeiras de Castro desde o início de sua gestão. O tema deve ser tratado com cautela, especialmente após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocar o governador para prestar esclarecimentos sobre a operação.
Aliados avaliam que, caso a crise se prolongue, o partido poderá apostar em outros nomes com menor desgaste público para compor a chapa majoritária de 2026, incluindo possíveis alianças com o campo bolsonarista e figuras emergentes da política fluminense.
Enquanto isso, Castro tenta reforçar sua base de apoio e sustentar o discurso de que as ações policiais visam “restaurar a ordem e proteger vidas”, em meio à pressão crescente por transparência e responsabilização sobre os resultados da operação.

Rede TV Mais A Notícia da sua cidade!
