BOLÍVIA VIRA A PÁGINA: RODRIGO PAZ É ELEITO PRESIDENTE

A eleição marca o fim de 20 anos de domínio de forças políticas .

A Bolívia inicia um novo capítulo político após duas décadas de hegemonia da esquerda. Rodrigo Paz, senador de centro-direita e líder do bloco oposicionista, foi eleito presidente neste domingo (19), ao derrotar no segundo turno o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, representante da direita tradicional boliviana.

Com discurso conciliador e foco em recuperação econômica, Paz afirmou após a confirmação da vitória que o país “respira ventos de mudança” e defendeu uma agenda de união nacional. “A Bolívia precisa voltar a crescer, gerar empregos e resgatar a confiança de sua população. Vamos governar com diálogo e responsabilidade, sem revanchismo”, declarou.

Fim de um ciclo político

A eleição marca o fim de 20 anos de domínio de forças políticas alinhadas à esquerda, período iniciado com a ascensão de Evo Morales ao poder, em 2006, e mantido com governos do Movimento ao Socialismo (MAS) e aliados. Nos últimos anos, o país enfrentou forte instabilidade institucional, crise econômica e protestos massivos, que fragilizaram o apoio às antigas lideranças.

Segundo turno disputado

O segundo turno foi marcado por intensa polarização. Quiroga tentou se apresentar como alternativa mais conservadora, com foco em segurança e combate à corrupção, mas não conseguiu reverter a vantagem construída por Paz nas regiões mais populosas do país, como La Paz e Santa Cruz de la Sierra. A participação popular nas urnas superou 80%, segundo dados preliminares do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia.

Desafios do novo governo

Rodrigo Paz assume com promessas de:

  • Estabilizar a economia e enfrentar a inflação

  • Atrair investimentos estrangeiros

  • Reorganizar a política de exploração de lítio, principal riqueza natural do país

  • Fortalecer instituições democráticas

  • Construir uma agenda de consenso com Congresso fragmentado

Líderes internacionais começaram a se manifestar sobre o resultado, e países da América do Sul acompanham de perto a transição política em La Paz. A posse está prevista para o início de janeiro de 2026.

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