VOLTA DO HORÁRIO DE VERÃO? GOVERNO FEDERAL BATE O MARTELO SOBRE O TEMA

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, diz que retorno da medida não traz benefícios energéticos e encerra debate no Planalto.

O Governo Federal colocou um ponto final, pelo menos por enquanto, na discussão sobre a retomada do horário de verão no Brasil. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta semana que não há estudos técnicos que justifiquem a volta da medida, suspensa desde 2019.

Segundo Silveira, as análises do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que o horário de verão deixou de gerar economia de energia significativa nos últimos anos devido à mudança no comportamento de consumo da população.

“O horário de verão hoje é muito mais um debate de opinião do que uma necessidade do setor elétrico. Os estudos mostram que seu impacto na economia de energia é irrelevante”, afirmou o ministro.

Mudança no perfil de consumo

O governo explica que, antes, a medida ajudava a reduzir o pico de consumo de energia no início da noite. Porém, com a popularização do ar-condicionado e equipamentos elétricos, o pico de demanda se deslocou para o meio da tarde, principalmente em dias de calor intenso.

Por essa razão, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirma que não existe ganho operacional que justifique alterar os relógios do país.

Pressão do turismo e do comércio

A rejeição do governo contraria setores do turismo, comércio e entretenimento, que defendem o retorno do horário de verão como medida econômica, alegando aumento da movimentação nas ruas no fim do dia e crescimento nas vendas do varejo.

Mesmo reconhecendo o impacto econômico para esses setores, Silveira disse que o governo não pretende retomar a prática apenas por pressão política ou comercial, mantendo a decisão com base técnica.

Última edição em 2018

O horário de verão foi criado em 1931 e passou por várias interrupções ao longo da história. Sua última aplicação ocorreu entre 2018 e 2019, no governo Michel Temer. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro aboliu a medida por decreto.

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