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Prisão de Flávio da Mocidade levanta novas questões sobre os vínculos entre o samba, o poder local e esquemas criminosos.
Em operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (3), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), prendeu Flávio da Silva Santos, presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, conhecido como Flávio da Mocidade.
TENTATIVA DE FUGA
Câmeras de segurança captaram o momento em que Flávio deixa seu apartamento na Barra da Tijuca, por volta das 6h56, carregando uma bolsa e optando por usar a escada de emergência para fugir da ação policial.
Mesmo diante da estratégia de fuga, ele acabou se entregando aos agentes minutos depois.
OPERAÇÃO E ACUSAÇÕES
A operação mira a chamada “nova cúpula do jogo do bicho” no Rio de Janeiro, sendo cumpridos mandados de prisão preventiva contra Flávio e o contraventor Rogério de Andrade, além de mandados de busca e apreensão em endereços ligados à quadrilha, na quadra da escola e em um haras em Cachoeiras de Macacu.
Rogério já se encontrava preso desde o ano passado. Flávio e Rogério teriam comandado desde 2014 uma estrutura criminosa dedicada à exploração de jogos de azar, com disputas violentas por pontos de contravenção e supostas alianças com agentes públicos.
MEDIDAS JUDICIAIS E CONSEQUÊNCIAS
O Ministério Público solicitou que Flávio seja encaminhado para um presídio de segurança máxima no sistema federal, em regime mais rígido.
Até que isso ocorra, ele permanecerá em uma unidade estadual. A Justiça já acatou o pedido de prisão preventiva e a ação continua em curso.
A prisão de Flávio da Mocidade representa mais um capítulo nas investigações estaduais sobre o jogo do bicho no Rio e levanta novas questões sobre os vínculos entre o samba, o poder local e esquemas criminosos.
