Brasil em Fogo Cruzado: A Cegueira do STF em Meio à Crise Diplomática

Com o país encurralado no ringue geopolítico, o Judiciário prefere o espetáculo das chamas à prudência do diálogo.
Por: Antonio Alexandre

A semana no Brasil arde em tensões internas e externas. Enquanto a diplomacia brasileira tenta resistir a uma escalada de confrontos com uma potência estrangeira — em um embate desigual, travestido de defesa da “soberania nacional” —, o Supremo Tribunal Federal parece alheio à gravidade do momento. A Corte, que deveria funcionar como pilar de equilíbrio institucional, caminha indiferente, ou pior: acende fósforos em meio ao barril de pólvora.

O cenário não poderia ser mais delicado. O Brasil, pressionado por uma série de medidas coercitivas que vão desde retaliações econômicas até pressões políticas, enfrenta um dilema: resistir com dignidade ou ceder com pragmatismo. Optou pela resistência. Uma escolha legítima — talvez necessária —, mas que cobra um preço alto, sobretudo de quem menos pode pagar: o povo brasileiro.

Nesse tabuleiro geopolítico, o STF, ao invés de funcionar como instância moderadora, parece cada vez mais um agente inflamador. Em vez de contribuir para a construção de uma saída estratégica, joga lenha na fogueira institucional, alimentando confrontos internos e aprofundando o abismo entre Poderes. A Suprema Corte, que deveria ser guardiã da Constituição, age por vezes como protagonista político, extrapolando suas funções sob o manto de uma “defesa democrática” que já começa a perder o verniz.

O problema é que, quando o Judiciário se mostra insensível ao sofrimento do país — seja por vaidade, por ideologia ou por conveniência —, abre espaço para um desgaste institucional sem precedentes. O STF deveria proteger a integridade do Estado, mas, em sua cegueira, arrisca queimar sua própria legitimidade. Ao invés de pontes, constrói muros. E muros, em tempos de crise, não seguram ventos fortes.

Enquanto isso, a população assiste, atônita, a um país que se debate entre ataques externos e autofagia interna. A narrativa da soberania nacional, tão nobre quanto arriscada, se choca com uma realidade dura: sem coesão interna, sem responsabilidade institucional e sem um Judiciário à altura do desafio histórico, a soberania vira slogan. Vira retórica. Vira ruína.

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