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CRISE DOS TRENS NO RIO EVIDENCIA FALTA DE TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA DO TRANSPORTE

Descaso com transporte causa transtornos aos usuários do Rio. COMITÊ POR UM TREM EM MOVIMENTO e o grupo MAGÉ NOS TRILHOS luta por melhoria junto aos governos.

A falta de transparência em torno da gestão do serviço público dificulta uma análise mais precisa. A má qualidade do serviço tem peso na crise, o sistema é ruim há muito tempo. Todos os dias o noticiário reporta as condições de abandono e descaso dos serviços prestados pela Supervia. Tem sempre um problema em algum ramal.

Apesar dos balanços financeiros divulgados pela ‘Empresa’, em seu site, a avaliação é que as informações disponibilizadas não são suficientes para compreender o quanto o serviço de má qualidade repercute nas receitas e despesas. Seria difícil saber hoje, por exemplo, quantos passageiros que poderiam usar o trem preferem outros meios de transporte ou se há gastos associados a uma manutenção precária.

Os recorrentes relatos de superlotação de composições tornam questionável o discurso de redução de passageiros, uma vez que nem a demanda atual nos horários de pico seria atendida de forma satisfatória. “O que a gente percebe é que está faltando mais viagens“, Um dos principais desafios desse tipo de serviço é manter o funcionamento de forma regular. “As paralisações constantes afetam o fluxo de passageiros e geram impactos financeiros“, comenta Leandro da Rocha Vaz, professor do Departamento de Construção Civil e Transportes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Foram listados em um levantamento produzido pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp), autarquia ligada ao governo fluminense que fiscaliza concessões de transporte ferroviário, rodoviário e aquaviário no estado. Na comparação com o período pré-pandemia, estavam sendo realizadas 69% a menos de viagens expressas. A própria Agetransp tem aplicado multas à Supervia por descumprimento de contrato, inclusive por falta de investimentos previstos.

Castro promete mas não age

A busca por soluções para problemas como superlotação de vagões, atrasos e aumento no tempo de duração das viagens vinha sendo pauta de encontros entre a Supervia e o estado. A notícia da entrega da concessão pela empresa Gumi se tornou pública por meio do governador Cláudio Castro, que após avaliação, prometeu uma transição tranquila, sem interrupção dos serviços, e concluiu que o atual modelo de concessão não funciona. “Vamos partir para um novo modelo de concessão que atenda aos anseios e respeite o direito da população”.

Atrasos e intervalos irregulares. Um cenário conhecido por quem utiliza diariamente os trens da SuperVia, mas que poderia ser diferente caso composições atualmente inoperantes voltassem a circular.

É preciso levar a mobilidade um pouco mais a sério. É fundamental para o desenvolvimento da cidade. Uma melhor mobilidade urbana vai proporcionar melhor comércio, melhor indústria. A pessoa chega descansada para trabalhar se viajou sentada no trem. Se ela sabe quanto tempo vai levar a viagem, ela sabe que horas precisa sair de casa. Ela vai trabalhar muito melhor. Não chegam atrasadas, cansadas, mal-humoradas.

Segundo um estudo publicado no jornal O Passageiro, pertencente à Autcan, para o Brasil ter um transporte público equivalente ao de outros países emergentes, como Rússia, Canadá e Austrália, seria preciso investir o equivalente a R$ 1 trilhão até o ano de 2030.

Soluções viáveis é o que não faltam!

Um grupo organizado está mobilizado na reivindicação de melhorias do transporte ferroviário no Rio de Janeiro, a população usuária do transporte sob trilhos deve se conscientizar para engajamento na Luta por Direito ao Transporte Público Digno. O COMITÊ POR UM TREM EM MOVIMENTO e o grupo MAGÉ NOS TRILHOS, debate com veemência as melhorias e transformação da mobilidade ferroviária e alerta a população para o engajamento na luta por mais dignidade aos usuários do transporte público.

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