Algas tomaram a faixa de areia por causa do fenômeno da ressurgência.
Banhistas que foram à praia do Forte, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, encontraram um cenário bem diferente nesta quinta-feira (1º). Desta vez, não eram turistas lotando as areias brancas nesta alta temporada, mas sim, uma grande quantidade de algas.
O fenômeno chamou a atenção não só pelas imagens, mas, também, pelo forte cheiro. Quem esperava um dia de sol e praia, ficou frustrado.
“É muito triste, é que todo ano a gente vem. A gente fica decepcionado com a situação que tá aqui”, lamentou o aposentado Marcos Antônio de Camargos.
Quem trabalha na praia também lamenta esses dias de movimento fraco por causa da mudança de cenário. O barraqueiro Denis Silvério sentiu queda de 40% a 60% nas vendas.
Apenas alguns grupos de turistas decidiram dividir espaço com o fenômeno chamado de ressurgência, que começou a ser notado desde segunda-feira (26).
O biólogo Bruno Masi explica que trata-se de um fenômeno natural, que não oferece riscos.
“Esse fenômeno acontece por conta de características climáticas e oceanográficas locais, ou seja, a gente tem a ressurgência, que é a entrada de água cheia de nutrientes. As algas vão aproveitar esses nutrientes para poder se reproduzir e elas necessitam também do sol e água quente. Tudo isso são fatores que vão proporcionar essa grande reprodução das algas. Elas não tem nenhum lugar para aderir tanta alga, e acaba indo para a praia”, explica.
Retirar as algas não é uma opção, isso causaria um desequilíbrio no bioma, já que outras espécies se alimentam delas. É necessário esperar e dar um jeito de aproveitar a praia assim mesmo.