ERA UMA VEZ: PEIXES-DAS-NUVENS É O MOTIVO PARA EVITAR CORTE DE PEDÁGIO EM MAGÉ

‘Celebramos a realização de pedidos essenciais para nossa população. A ponte entre Jororó e Maringá será mais do que uma estrutura; será a liberdade para moradores.’

A promessa de reabrir a antiga Estrada do Bananal feita pelos vereadores Silmar Braga (PL-RJ), Werner Saraiva (Avante) e do prefeito de Magé, Renato Cozzolino (PP), na terça-feira (9), causou polêmica no noticiário da região após reportagem do site O Eco – Notícias Ambientais, ao apontar que ambientalistas e pesquisadores, denunciaram a reabertura irregular de uma estrada abandonada em Magé (RJ), que destruiria o habitat único de espécies de peixes-das-nuvens ameaçadas de extinção.

 A retomada da Estrada do Bananal, antigo percurso de terra batida que conectava os bairros de Jardim Esmeralda e Sertão, seria uma alternativa para cortar a nova praça de pedágio na rodovia Rio-Teresópolis, administrada por concessão da EcoRioMinas.   

O Peixe e o Homem 

Apesar do enunciado remeter a um conto de fadas, ‘Era Uma Vez’, não há nada na versão gênero literário. O cidadão mageense, humano originário dessas terras, espécie não ameaçada de extinção, sofrendo há décadas com as interferências de políticas direcionadas a implantação de pedágios, que extinguiu oportunidades de desenvolvimento, ultrajando direitos e obrigando a população a todo tipo de limitações. As vezes nos questionamos que valores temos em relação na escala de importância como seres humanos! Por que não temos preocupação dos ambientalistas e pesquisadores ou autoridades para denunciaram a falência multipla de um município e sua população quando da implementação de um pedágio? 

Você Sabia?

Com a instituição do pedágio, o Poder Público manifesta firme propósito de exigir tarifas de pedágios sem oferecer via alternativa de livre trânsito aos usuários. É uma surdez inexplicável. O Poder Judiciário, de tempo em tempo, reitera o entendimento no sentido de que é dever do Estado conservar a malha rodoviária básica com valores arrecadados de toda coletividade, de maneira que somente pode haver a cobrança de pedágios quando oferecida ao usuário uma via alternativa gratuita. 

A conservação da malha rodoviária básica deve correr por conta do Estado. É que, para além disso, os valores recolhidos pelos usuários de vias públicas a título de IPVA e CIDE (incidente sobre os combustíveis) são cobrados justamente pelo motivo de investimento no setor de transportes. Isso sem contar no grande repertório de tributos que constitui a maior carga tributária do mundo.

Borbulhas de amor

Voltando a dicotomia Homo sapiens x peixes-das-nuvens, muitas versões passam por reflexões: Seria fácil encontrar um meio termo que contemplasse o impasse entre preservação e o direito de ir e vir dos moradores humildes da cidade de Magé e ao mesmo tempo contemplar os peixinhos que lutam pela sobrevivência. Sem precisar de grandes esforços, seja de ambientalistas, pesquisadores ou autoridades, a extinção de pedágios para moradores, definitivamente evitaria a extinção do peixinhos.        

Militância Eco 

 Segundo Carlos Alberto Silva, coordenador do Projeto Base da Coruja. O grupo protocolou uma denúncia no MPRJ de Magé, que já instaurou um inquérito para apurar o ocorrido.

Não podemos deixar a estrada passar por esse meio sem fazer nada. Nós fomos na prefeitura, na secretaria de Meio Ambiente, na polícia e no Ministério Público. E fomos no local onde disseram que as máquinas estavam. Eles já tinham avançado num trecho da estrada, mas nós conseguimos pará-los antes deles entrarem muito na mata que está se regenerando’. 

Todavia ao longo de 30 anos sofrendo o descaso com a população local, com a presença de 6 praças de pedágio instaladas na nossa região, com anos e anos a fio lutando pela liberdade dos mageenses, guapimirienses, limitados e explorados pelas injustas tarifas de pedágio cobradas pela antiga concessão da CRT, não me recordo de nenhuma militância a favor dos humanos. 

Somos todos a favor da preservação, reiteramos nosso compromisso com a sustentabilidade e manutenção do Meio Ambiente, mas não podemos nos olvidar da manutenção do bem estar social e da responsabilidade de manter nossa comunidade preservada dos direitos conquistados ao longo da vida. 

O desabafo respeitoso é para reflexão de que somos humanos, pleiteamos nossos direitos e honramos nossos deveres, e queremos os direitos a que nos cabem, tal e qual a qualquer ser vivo que habite nosso planeta. 

Borbulha de Amor II    

Tenho um coração Dividido entre a esperança e a razão Tenho um coração Bem melhor que não tivera… Canta coração Que esta alma necessita de ilusão, Sonha coração. Não te enchas de amargura. Quem dera ser um peixe!



Por: Antonio Alexandre

  • O espaço está aberto para manifestação das entidades e empresas citadas na matéria.

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 21 de outubro de 2021, a duplicação de rodovia no litoral do Ceará foi embargada pelo Ibama para proteger espécie de peixe das nuvens ameaçada. Quase nove meses depois da decisão do Ibama de embargar as obras de duplicação de uma rodovia, o superintendente regional do órgão ambiental deu sinal verde para a retomada do empreendimento. 

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