Segundo o vice-presidente do Sinpol, Álvaro Luiz do Nascimento, a falta de estrutura das delegacias é outra questão que prejudica o trabalho dos policiais.
Os policiais civis do Estado do Rio de Janeiro entraram em estado de greve nesta quarta-feira (6) e devem deflagrar uma paralisação a partir de sexta-feira (8). Entre outras reivindicações, segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), os servidores querem a volta do calendário de pagamentos no 1º e 2º dia úteis do mês, reajuste acima da inflação do período, 13º salário integral, regularização do pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS) e da premiação por área de redução de crimes.
Segundo o vice-presidente do Sinpol, Álvaro Luiz do Nascimento, a falta de estrutura das delegacias é outra questão que prejudica o trabalho dos policiais. “Estamos trabalhando atualmente com nossa frota reduzida, sendo que os veículos nem são nossos, mas, sim, alugados de uma empresa. A toda hora falta combustível, temos delegacias que não têm sequer banco para as pessoas sentarem. Até produtos básicos, como papel higiênico, impressoras e água estão em falta. Alguns policiais compram garrafas d’água com seu próprio dinheiro. Como a gente não recebe, até uma simples garrafinha já faz falta no orçamento de cada um”, disse.
Álvaro quer alertar a população que a paralisação não será contra o povo, mas sim algo os policiais foram obrigados a fazer em prol de melhorias para todos. “Essa greve não será contra a população. É um movimento de alerta ao estado para que veja nossa luta. Pedimos, inclusive que, cada cidadão que tiver alguma ocorrência que possa aguardar para ser registrada, que aguarde. Estaremos operando com 30% dos funcionários, como manda a lei, e dando prioridade para situações emergenciais, como homicídios ou sequestros”.
Na próxima segunda-feira (11), haverá uma reunião do sindicato para avaliar uma possível continuidade do movimento grevista. A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro disse, por meio de nota, que a chefia do órgão reconhece a “relevante e nobre” função das representações de classe.
No entanto, a nota da Polícia Civil considerou que a assembleia que definiu a greve tinha apenas sete pessoas, ou seja, um número insuficiente de pessoas para garantir a legitimidade do movimento. O vice-presidente do Sindicato negou que houvesse apenas sete pessoas e, sem precisar um número, disse que havia bastante gente na assembleia.
A Polícia Civil orienta ao cidadão que, em caso de necessidade de registrar uma ocorrência, se dirija a qualquer delegacia do estado ou faça seu registro através do no site do órgão, no endereço https://dedic.pcivil.rj.gov.br/. A Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) também está disponível por meio dos telefones 2334-8823 e 2334-8835.